No último final de semana, durante a Taça Paraná de Surf PRO/AM 2015 que aconteceu na Praia de Fora da Ilha do Mel, o atleta profissional Jorge Porvilho fez o salvamento de duas crianças que estavam se afogando perto das pedras. O surfista, treinado pelo curso Salva Surf da ONG Parceiros do Mar, mostrou que estar preparado para esse tipo de situação faz toda a diferença.
Ao final da bateria que o atleta participava, quando estava saindo da água ele percebeu que as crianças estavam se afogando. “O mar estava calmo, o problema foi que a maré estava cheia e com isso havia uma corrente muito forte no canto das pedras onde elas estavam brincando, o que levou as crianças para o fundo”, conta Jorge. Ele diz que ao pegar a menina, ela não estava respirando, ele colocou ela na prancha e menino nas costas. “Pedi pra Deus que não a deixasse morrer e quando estava bem perto da areia vi que ela estava bem e acordada, graças a Deus só por ele mesmo obrigado senhor!”, se emociona.
Essa não foi a primeira vez que o atleta profissional encarou uma situação dessas. Ele diz que com frequência isso acontece e bem por esse motivo se capacitou com o curso Salva Surf realizado periodicamente no litoral paranaense pela ONG Parceiros do Mar e Corpo de Bombeiros. “Com certeza ter feito o curso Salva Surf me preparou para lidar com a situação ali na hora. Eu estava bem calmo e consegui colocar a criança na prancha, exatamente como aprendi no curso”, conta.
O projeto Salva Surf da ONG Parceiros do Mar tem como principal objetivo capacitar surfistas para que, durante o período em que estiverem no mar, possam realizar os primeiros socorros às vítimas, diminuindo o número de mortes por afogamento. Desde que ele teve início, 68 pessoas já foram treinadas.
São três dias de treinamento com aulas teóricas e práticas que englobaram técnicas específicas de salvamento aquático com e sem equipamentos, salvamento aquático com auxílio de embarcações, salvamento com pranchas de surf e suporte básico de vida ao afogado. Além disso, segundo o Corpo de Bombeiros do Paraná, os “salva surfers” recebem informações sobre as rotinas e peculiaridades do serviço dos guarda-vidas, no intuito de criar um vínculo de parceria entre a instituição e a comunidade local.
Fonte: Bem Paraná.